segunda-feira, 6 de julho de 2009

"Há tantas formas de ser ver o mesmo quadro"


A acirrada competição existente no mercado de trabalho exige do gestor, cada vez mais, uma atenta e criteriosa seleção de colaboradores. Funções tradicionais antes desempenhadas com mecanicidade, hoje já exigem a assunção de novas responsabilidades.

“A secretary is a secretary is a secretary” (uma secretária é uma secretária é uma secretária), segundo Paul Falcone, Vice-Presidente do Departamento de Recursos Humanos da Nickelodeon e da MTV Networks (MTVN) Kids and Family Group e autor do livro “96 Great Interview Questions to Ask Before You Hire”, traduz uma equivocada linha de pensamento adotada por alguns gestores.

Isto porque, nos dias atuais, as organizações são forçadas a oferecer os melhores produtos e serviços aos consumidores, que, diante de uma gama variada de opções, mantém-se em vantajosa posição para escolher aquele que melhor lhe agrada.

Portanto, satisfazer os anseios da clientela depende, concorrentemente com as inovações e investimentos na produção e/ou na prestação dos serviços, de colaboradores capazes de oferecer muito além do que o simples cumprimento das obrigações “primárias”.

Cabe ao gestor, então, por meio de um efetivo processo de recrutamento e seleção de pessoas, identificar o colaborador disposto a proporcionar um “plus” ou um “algo a mais” às necessidades da empresa.

Nesse sentido, é preciso, primordialmente, analisar como os próprios colaboradores se posicionam diante do cargo e das respectivas funções que exercem ou irão exercer, pois, tendo em vista que “há tantas formas de se ver o mesmo quadro”, uma secretária poderá simplesmente cumprir deveres primários, quais sejam, atender telefonemas, digitar e recepcionar pessoas ou, então, assumir, ao lado dessas obrigações, responsabilidades secundárias em prol da organização, incluindo, por exemplo, a elaboração de controles para gerenciar os custos com a máquina de Xerox ou de fax, a representação da companhia na ausência do seu superior hierárquico, o desenvolvimento de cursos e treinamentos voltados ao atendimento telefônico e pessoal de clientes, a organização da agenda de reuniões e compromissos de seu chefe, bem como a apresentação de informações objetivas que o possam manter constantemente atualizado. Enfim, deverá assumir os papéis de “quase-administradora, quase-técnica e quase-gerente”.

A empresa caminha com os pés de seus colaboradores e, para vencer o óbvio, seu gestor deverá ver o mesmo quadro de outra forma.

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Junior Velani