sábado, 23 de maio de 2009

Aprenda a surfar



Saber “dropar” uma onda em um mar de dívidas requer do gestor empresarial habilidades gerenciais e conhecimento dos índices de endividamento da entidade.

O ativo de uma empresa é financiado por capitais próprios e por capital de terceiros. Os capitais próprios são os recursos investidos pelos sócios, enquanto o capital de terceiro pode ser, por exemplo, a aquisição de mercadorias de fornecedores ou um empréstimo ou financiamento concedido por uma instituição financeira. Ambos são fontes de recursos.

Nesse sentido, serão exigidas do gestor habilidades gerenciais para distinguir as dívidas que o permitirão continuar no “deck” (parte de cima da prancha, onde o surfista pisa) daquelas que o farão tomar uma “vaca” (tombo, queda). Adotar uma política administrativa financeira é uma das dicas para se enfrentar essa onda.

A adoção dessa política permitirá distinguir as dívidas que gerarão recursos para a empresa daquelas que simplesmente trarão encargos financeiros. As primeiras produzem um endividamento “sadio”, ou seja, financiarão o ativo da empresa, como é o caso, por exemplo, da hipótese em que a entidade contrai um empréstimo para expandir seus negócios, produzindo, posteriormente, recursos para saldar a dívida outrora assumida; já as outras, por outro lado, geram apenas encargos financeiros, ou seja, servem apenas para pagar outras dívidas que estão vencendo, não se constituindo em aplicações produtivas, o que levará a empresa à insolvência.

Vale ainda dizer que, para ficar “outside” (qualquer local para fora da arrebentação) da situação de endividamento irreversível, o gestor deverá se apoiar nas demonstrações contábeis, especialmente no balanço patrimonial e na demonstração dos resultados do exercício. A análise dessas demonstrações financeiras permitirá que se conheça a quantidade e a qualidade da dívida, mediante o cálculo e posterior interpretação de índices de endividamento.

Com base nesses índices, é possível determinar se a qualidade da dívida é boa ou ruim e se a quantidade é alta ou baixa. Destaca-se, por oportuno, que dívidas com longo prazo de pagamento são melhores para a empresa, já que se tem mais tempo para pagá-las; por sua vez, dívidas cujo prazo de pagamento é curto, serão mais onerosas para a entidade.

Portanto, um gestor “big rider” (surfista que é bom e gosta de pegar ondas grandes) não terá dificuldades para enfrentar o desafio, pois saberá sempre “dropar” a melhor onda.

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Junior Velani