quinta-feira, 6 de setembro de 2012

"Maldade travestida de bondade tributária"


Com pretexto de simplificação, governo pretende unificar PIS e COFINS e aumentar ainda mais o peso tributário imposto ao empreendedorismo
O presidente do SESCON-SP, José Maria Chapina Alcazar, destaca que o segmento produtivo brasileiro deve estar alerta aos desdobramentos desta intenção do governo de junção das duas contribuições.

"A racionalização e a simplificação tributária são pleitos recorrentes do empreendedorismo, porém, se medidas neste intuito vierem acompanhadas de aumento tributário, também serão rechaçadas pelos contribuintes", argumenta o líder setorial, frisando que o peso dos tributos imposto à sociedade brasileira já ultrapassou o limite do suportável.

Ao lado do aumento direto da carga tributária, com a elevação da alíquota, o líder setorial aponta outra perversidade da proposta de junção do PIS e da COFINS: o fim do regime de cumulatividade. "Com este sistema, as empresas recolhem suas contribuições na mesma proporção de suas operações, de forma mais equânime. Caso ele seja extinto, grande parte das organizações terão seriamente comprometidas suas competitividade e até mesmo sua viabilidade", argumenta o empresário contábil, que ainda alerta para o aceno de elevação dos preços dos produtos e dos serviços, caso a medida seja efetivada, ou seja, prejuízo também para toda a sociedade.

Lembrando que atrás do imposto de renda, hoje o PIS e a COFINS representam a segunda maior fonte de recursos da União - em 2011 o recolhimento das duas contribuições representou 4,8% do PIB, Chapina Alcazar ressalta que o empreendedorismo não pode esmorecer e deve cobrar do governo a gestão eficiente dos seus gastos. "São divulgados recordes e recordes de arrecadação, portanto não há motivo de aumento da carga tributária, mas sim a administração correta destes montantes", finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa SESCON-SP

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Junior Velani